domingo, 31 de janeiro de 2010

Solidão, que poeira leve...



Fala Zé, tudo bem com você amigo?

Comigo tudo ótimo!

Será que tratar de solidão é algo que envolve sempre tristeza?  Já prosiei aqui com você várias vezes sobre solidão... pra mim nem é um tema recorrente, já é instrínseco em minha vida, viver só.

Tem uma conotação triste isso né Zé? Mas não precisa ser assim não.

Tem uma canção linda do Vander Lee, que se chama "Quando chove", espia só a letra:

Não tenho vinte e poucos anos,

Mas trago um cara muito novo em mim

Sou feito de perdas e danos
Me contradigo, me surpreendo no fim
Às vezes durmo vendo estrelas
Às vezes vou na contramão
Às vezes sou beleza rara
Às vezes dor e solidão
Mas esse cara que me move
Sabe o lugar que me convém
Me tranca em casa quando chove
E um samba triste logo vem
Da batucada faço um manto
Da poesia o meu altar
Cantar é o lugar mais santo
Onde o poeta vem deitar
Por isso vim me apresentar
E pedir a sua benção, meu senhor
Eu vim aqui pra fazer festa
Eu vim brincar de ser cantor


A solidão pode parecer triste Zé, mas pode ser saudável, pelo menos por um determinado tempo. Depende de que margem do rio você está olhando, ou em que momento dela você está. Ok Zé, vou explicar melhor...

No início da solidão, aquela parte que você tá com "disfunção de auto-estima", sabe? (Eu e meus termos doidos... liga não, tenho parceria com o "Aurélio") Nesta hora é muito triste...  é uma mistura de dor, com medo, rejeição, incertezas...

Depois vem a abonança e tudo se acalma. Você começa a cuidar mais de si (ao contrário de antes, que apenas falava que ia fazer, para você mesmo acreditar), buscar fazer as coisas que gosta, de estar com quem te faz bem... enfim... Você começa a cuidar do seu jardim, a se "trancar em casa quando chove", a "brincar de ser cantor" quando estia.


Zé, estou numa fase que ainda não sei determinar direito qual é. Já passei por estas aí que disse a você. Quando eu souber melhor, te falo, tá?

A definição que é mais recorrente em meu pensamento é que parece que as fases são só estas aí mesmo... mas que são cíclicas.

Um abração pra você meu amigo!

Inté, Zé!

5 comentários:

Glaucia disse...

Gostei do post, na verdade me reconheci nele, rsrsrs. Sofro de solidão, voluntária na grande maioria das vezes, mas poucas vezes me sinto realmente só (até por que eu tenho um cão e quem tem cão, não tem solidão rsrsrs).
Mudanças e recomeços me remetem a uma reclusão necessária, mas assim que consigo visualizar um certo planejamento pras coisas, fica mais fácil fazer parte do mundo denovo.

Unknown disse...

Fala Zé!
Esse sentimento é inerente a nós, em vários momentos estamos em meio a multidão, mas mesmo assim nos sentimos sós, nestes momentos não há pessoas que comungam das mesmas ideias que nós! Com disse a Gláucia, em outrosa momentos isso é voluntário,já me peguei me isolando!

Gostei bastante do texto sobre o lado do rio, como tu já disse lá nó Pimentas, o copo está sempre quase cheio!

Alvim Dias disse...

Olá Gláucia, que bom vê-la por aqui também querida. Solidão é o fim de quem ama... mas também é o recomeço para a retomada do nosso amor próprio. "Solidão boa" pra nós!

Obrigado por visitar nossa prosa aqui!

---------

Cesão!

Que prazer poder tê-lo por aqui. Estou me sentindo menos só (da solidão ruim) e mais só (da solidão boa...kkkkk).

Apesar de nem sempre tratar aqui de assuntos fáceis, tento mostrar que o copo pode até transbordar... basta que queiramos verdadeiramente para que possa acontecer.

Estou muito feliz em vê-lo aqui...

Voltem sempre! às vezes nós proseamos aqui!

Abração!

Unknown disse...

Vc me twittando e eu te espiando!
Não resisti. Tive que conhecer suas idéias.
Adorei seu sotaque e jeitinho de falar as coisas. Adoro mineirês.
Bem... é cíclico. Às vezes ajuda não dar muita importância a certas fases da vida. Principalmente às não tão alegres. Ajuda a passar rápido.

Bj.

Alvim Dias disse...

Engraçadinha, muito obrigado pela visita e pelas palavras carinhosas!

Bjão!